Muito se falou em “pandemia”, quando a única palavra que as pessoas conheciam era a outra: epidemia. E não faltou confusão. Mas a diferença é simples: A pandemia é uma epidemia globalizada. Algumas doenças ficam instaladas constantemente num lugar ou numa população. São como a malária, que há décadas infecta cerca de 500 mil pessoas por ano, mas apenas na Amazônia. Essas são as endemias. Mas o número de casos pode de repente dar um salto muito grande. Se isso acontecer, a doença é considerada epidêmica. Por exemplo, a cólera era considerada sob controle no Zimbábue, até que em agosto de 2008 ela desembestou e em um semestre infectou 91 mil e matou 4 000. Doenças que até então não existiam também podem ser consideradas epidemias – tal como a febre hemorrágica ebola. Tanto a cólera no Zimbábue quanto o ebola ficaram isolados geograficamente. Já quando uma epidemia pula os muros geográficos e populacionais e se espalha mundialmente, ela vira uma pandemia. Nos últimos 200 anos houve 7 pandemias de cólera. Nos últimos 100, 3 de gripe. E nas últimas décadas, mais de 25 milhões morreram de outra pandemia: a aids.
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